Seminário "Arte Urbana"
ESTRATÉGIA DA CÂMARA PARA O GRAFFITI E STREET ART
A História do graffiti em Lisboa, desde os anos 70, em que começou por ser "perseguido", até à atualidade, com o seu "lugar na cultura juvenil em meio urbano", é tema do seminário "Arte Urbana - perspetivas de análise e estratégia de atuação", organizado pela Câmara Municipal de Lisboa e Rede Luso-Brasileira de Pesquisa em Artes e Intervenções Urbanas.
A decorrer entre 5 e 7 de fevereiro, no auditório dos Serviços Sociais do município, o encontro pretende dar a conhecer o trabalho, que vem sendo desenvolvido pela Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa (GAU) - criado em 2009 -, "quer aos municípios vizinhos quer às juntas de freguesia da cidade", revelou Sílvia Câmara, coordenadora da GAU, de forma a "corresponder ao interesse de outros municípios sobre o nosso trabalho".
A origem do graffiti, termo de origem italiana que significa "marca ou inscrição feita numa parede", remonta ao século II, com as inscrições presentes nas catacumbas de Roma ou Pompeia, adiantou Ricardo Campos, investigador do CEMRI, numa abordagem ao contexto histórico e social da Arte Urbana.
Em Lisboa, e nos grandes centros urbanos, o graffiti tem talvez a sua origem no "muralismo político" do pós 25 de abril, considerou o coordenador da "Rede Luso-Brasileira de pesquisa em artes e intervenções urbanas".
O seminário, que inclui um módulo de fotografia, para "perpetuar as obras" de arte urbana - "intrinsecamente efémera" - vai terminar no sábado de manhã, com uma "Visita de Arte Urbana" que, partindo do Marquês de Pombal, vai percorrer a cidade, numa visita guiada e acompanhada "na medida do possível por convidados relacionados com os projetos".