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Paulo Fatela

Blog sobre artes, ofícios, paixões e diversas questões

Paulo Fatela

Blog sobre artes, ofícios, paixões e diversas questões

Iconografia Popular "Coisas Tradicionais...







A peça está concluída e colocada na galeria "Arte Grémio", trata-se de uma a exposição coletiva (todas as produções são de participantes naturais e/ou residentes em Coruche).

" Na tua Arte és o Rei e Rainha ..."  inaugura amanhã e encerra dia 19 de Agosto, no Clube Artístico e Comercial de Coruche, rua de Santarém - Coruche.

Faça-nos uma visita, obrigado!

Iconografia Popular " Coisas Tradicionais..."



Inspiração:

Taleigos de retalhos (sacos utilizados pelos trabalhadores rurais, anos 30/40), cujos padrões de têxteis eram variados e multicolores.

Utilizei a imagem da Chita de Coruche, também designado como Chita da Terra (tecido usado nas saias das mulheres rurais - anos 30/40), pano cru, e xadrez (padrão usado nas camisas dos trabalhadores rurais - anos 30/40), bem como criei um padrão com corujas (um dos símbolos de Coruche).

Cromático - Chita de Coruche (azuis e cru).

 

A peça :

"Quadro - elemento decorativo":

Peça principal 0.30mx0.90m, complementa com quatro elementos de 0.10x0.10m, por forma a criar dinâmica e a ideia de construção/desconstrução.

Utilizado neste conjunto diversos terminais de taleigos (elementos em crochet)

 

Materiais:

Madeira, tintas acrílicas, tinta e óleo, verniz e linhas de crochet

 

Concepção: Paulo Fatela

Execução: Pintura - Paulo Fatela; elementos em crochet - Clotilde Fatela; recortes em madeira - Custódio Jerónimo

Feira Internacional do Artesanato - 2012



Sessão de abertura do Fórum " O Artesanato Português na Internacionalização da Economia Portuguesa"



Peça "Liberdade" de Beatriz Sendim - premiada no âmbito do Artesanato Contemporâneo"


 

FIA – Feira Internacional do Artesanato '12

 

Com objectivo de consolidar opinião e, obter mais informação sobre o universo do artesanato em Portugal , fui assistir ao Fórum que se realizou no âmbito da FIA´12,  este ano “O Artesanato Português na Internacionalização da Economia Portuguesa”.

Foi mau!

A sessão de abertura do fórum foi feita por D. Duarte de Bragança, uma figurinha, óptima para os humorista “brincarem”, mas apenas isso. Em sede de artesanato é um zero à esquerda. Só a titulo de exemplo, ele referiu-se aos artesãos como “ARTESÕES”, não preciso acrescentar mais para caracterizar a personagem.

O segundo orador, Vice Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola, falou muito tecnicamente sobre os objectivos da instituição sendo que não acrescentou rigorosamente nada ao Fórum.

A segunda oradora (técnica da AICEP), fez um bom discurso e julgo ter passado alguma informação útil para aqueles que estão no artesanato como actividade principal, no âmbito de micro e pequenas empresas artesanais. Retive algumas considerações, nomeadamente que  a internacionalização do artesanato não deverá estar dissociado do Sector do Turismo, que os nossos políticos e outros nas visitas ao estrangeiro deveriam ofertar produtos artesanais, estratégia utilizada por imensos países, nomeadamente o Brasil.

No intervalo aproveitei para visitar o pavilhão nacional. Fiquei muito agradado com o que vi, melhor ainda, desde que a FIA se realiza no Parque das Nações, é em meu entender, a melhor FEIRA, ou seja, 99% dos artesãos estão a expor qualidade, artesanato tradicional e contemporâneo, muito muito bom! Constatei que os crivos funcionaram este ano, ou seja, o lixo foi varrido quase na integra.

Não obstante a qualidade encontrada, lamento não ter visto alguns excelentes e consagrados artesãos como a “Oficina da Terra”  (Ceramistas de Évora), o artesanato de Mafra, ou o artesão João Bruno Videira (revestimento de banco e outros com lã de Arraiolos).

Fiquei feliz porque me cruzei com alguns dos melhores artesãos portugueses, com os quais tenho relação: Ana Dickinsom; Beatriz Sendim; Rita Tigre; Maguy; Delfim; Lourenço; Miguel Gigante (Atelier do Burrel) entre outros. A felicidade aumentou quando tive a informação que o prémio de Artesanato Contemporâneo foi entregue a Beatriz Sendim, com a peça “Liberdade”. Assim, não assisti à 2ª parte do Fórum, julgo ter ganho mais, considerando o contacto que tive com os ARTESÃOS (Artesões para D. Duarte), não digo colegas, porque sou demasiado pequeno comparativamente com estes artistas.

Mais um ano que Coruche não se fez representar na FIA, supostamente devemos agradecer à “legalista !!!” Ana Freitas e seus comparsas …

 

Paulo Fatela

 

Julho 2012